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Beneficiárias de programas sociais são presas por ajudar quadrilha em esquema milionário de tráfico e lavagem de dinheiro

Presos por tráfico e lavagem de dinheiro no Grande Recife A Polícia Civil deflagrou uma operação contra uma organização criminosa que praticava tráfico d...

Beneficiárias de programas sociais são presas por ajudar quadrilha em esquema milionário de tráfico e lavagem de dinheiro
Beneficiárias de programas sociais são presas por ajudar quadrilha em esquema milionário de tráfico e lavagem de dinheiro (Foto: Reprodução)

Presos por tráfico e lavagem de dinheiro no Grande Recife A Polícia Civil deflagrou uma operação contra uma organização criminosa que praticava tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em Ipojuca, no Grande Recife (veja vídeo acima). Ao todo, 11 pessoas foram presas. Entre elas, estão os chefes da quadrilha e mulheres cadastradas em programas sociais, como o Bolsa Família, suspeitas de fornecer os próprios dados para facilitar a movimentação financeira do grupo. As investigações apontam que elas movimentavam valores entre R$ 1 milhão e R$ 4 milhões. ✅ Receba no WhatsApp as notícias do g1 PE As informações sobre o caso foram divulgadas em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (17). Segundo a polícia, a quadrilha atuava, principalmente, no tráfico de drogas do distrito de Camela. Por causa disso, a operação levou de "Camelus". Foram expedidos 12 mandados de prisão e nove de busca e apreensão domiciliar, além de sequestro de bens e bloqueio de ativos financeiros. Do total de prisões determinadas pela Justiça, 11 foram cumpridas, sendo dez em Pernambuco e uma em São Paulo. Segundo o delegado João Carlos Oliveira, titular da 1ª Delegacia de Polícia de Repressão ao Narcotráfico, a operação focou as pessoas responsáveis pelo fluxo financeiro do grupo criminoso. "A maioria dos alvos foram mulheres [...]. São pessoas que forneciam suas contas, se utilizavam do seu nome, mas não possuíam um envolvimento, num primeiro momento, criminoso. Isso fazia com que esse fluxo financeiro fosse muito mais fácil", explicou o delegado João Carlos Oliveira, titular da 1ª Delegacia de Polícia de Repressão ao Narcotráfico. Movimentação financeira atípica Segundo o delegado, um dos indícios que chamaram a atenção da polícia foi a quantidade de dinheiro que as mulheres movimentavam e que estava muito acima da renda delas. "Uma pessoa que era beneficiária de programa social, que tinha uma pessoa jurídica em seu nome. A pessoa física movimentava mais de R$ 1 milhão e a pessoa jurídica, por sua vez, movimentava mais de R$ 4 milhões. Ou seja, fica escancarada a lavagem de dinheiro por essas pessoas", contou. Essa variação de valores, de acordo com a Polícia Civil, ajudou na identificação das irregularidades realizadas pelo grupo. "Muitas delas, a maioria, são cadastradas em programas sociais e uma circunstância que chama atenção é o fato de pessoas que, em tese, são vulneráveis, são hipossuficientes financeiramente, porém apresentavam uma movimentação financeira injustificável com seu perfil financeiro". Ainda segundo a Polícia Civil, os chefes da quadrilha também foram presos durante a operação e estão detidos nos presídios de Igarassu, no Grande Recife, e Itaquitinga, na Zona da Mata Norte. Delegado João Carlos Oliveira, delegado Ivaldo Pereira e delegada Gabrielle Nishida durante coletiva na sede da Polícia Civil Vitor Dutra/Divulgação VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias